7. Percepção cromática.
A percepção cromática (perceção das cores) é um
processo psicofisiológico, que termina no cérebro como uma sensação
visiva causada por um conjunto inter-relacionado de fenômenos externos e
internos, próprios do observador.
O olho possui na retina
fotorreceptores (cones), especializados em detectar as faixas de
oscilações eletromagnéticas correspondentes às ondas longas do vermelho
(R – 700nm), às ondas médias do verde (G – 520nm) e às ondas curtas do
azul-violeta (B – 400nm). Também possui bastonetes especializados na
visão em ambientes de penumbra.
Em tese, a cor só “existe”
porque pode ser percebida e descrita pelo observador através da
linguagem, embora dependente sempre da interação entre a luz e os
corpos transmissores-refletores.
6. A Teoria
Gestalt.
A Teoria da GESTALT afirma que não se
pode ter conhecimento do todo através das partes, e sim das partes
através do todo. Que os conjuntos possuem leis próprias e estas regem
seus elementos (e não o contrário, como se pensava antes). E que só
através da percepção da totalidade é que o cérebro pode de fato
perceber, decodificar e assimilar uma imagem ou um conceito
5. Percepção
visual:
É pela percepção que tomamos conhecimento do mundo
que nos rodeia. A percepção manifesta-se através dos sentidos, e completa-se
pela actividade do nosso cérebro. As experiências vividas anteriormente e
fixadas na memoria são reconhecidas pelo cérebro.
Isto significa que as informações que a visão nos
fornece são, de seguida, interpretadas.
Essa interpretação é diferente de pessoa para
pessoa. Depende da idade, dos conhecimentos, das experiências e vivências
pessoais.
Ao observarmos um conjunto de formas, estabelecemos
relações de grandeza e qualidade entre elas. Quanto mais experiências tivermos,
mais ricas serão as relações estabelecidas e mais facilidade teremos em compreender
e gostar daquilo que observamos.
4. Artes Visuais
(Função e mensagem).
As artes visuais têm como objectivo passar uma mensagem ou
ideia para quem a vê, essa mensagem por vezes pode ser directa ou indirecta ,
ou seja, como uma mensagem clara ou abstracta.
3. Anatomia da
mensagem visual.
Expressamos e recebemos
mensagens visuais entre três níveis, todos esses níveis de resgate de
informações interligados e se sobrepõem, mas é possível estabelecer distinções
suficientes entre eles, de modo que possam ser analisados tanto em termos de
seu valor como táctica potencial para a criação de mensagens quanto em termos
de sua qualidade em processo de visão.
Os três níveis são:
O representacional:
É o que vemos
e identificamos com base no meio ambiente e na experiência.
É a qualidade
cinestésica de um facto visual reduzido a seus componentes visuais, básicos e
elementares, destacar os meios mais directos, emocionais e mesmo primitivos da
criação da mensagem.
O simbólico:
O vasto
universo de sistemas de símbolos codificados que o homem criou arbitrariamente
e ao qual atribui significados.
2.
Elementos básicos de Comunicação Visual:
Ponto:
É a
unidade mais simples e irredutível da comunicação visual. Qualquer ponto tem
uma força visual grande de atracção sobre o olho. Diversos pontos conectados
são capazes de dirigir a visão. Quanto mais próximos entre si, maior a
capacidade de guiar o olho. Em grande quantidade e justapostos, criam a ilusão
de tom ou cor.
Linha:
Pode ser definida como uma cadeia de pontos tão
próximos que não se pode distingui-los. A linha é o elemento visual por
excelência, pode adoptar formas muito distintas para expressar
intenções diferentes.
Forma:
A linha descreve uma forma. Na linguagem das artes visuais, a linha
articula a complexidade da forma. Existem três formas básicas: o quadrado, o
círculo e o triângulo equilátero. Cada uma das formas básicas tem suas
características específicas, e a cada uma se atribui uma grande quantidade de
significados, alguns por associação, outros por vinculação arbitrária, e
outros, ainda, através de nossas próprias percepções psicológicas e
fisiológicas.
A textura é o elemento visual que com frequência serve
de substituto para as qualidades de outro sentido, o tacto. Na verdade, porém,
podemos apreciar e reconhecer a textura tanto através do tacto quanto da visão,
ou ainda mediante uma combinação de ambos.
Plano:
Conceitualmente, é a trajectória de uma linha em
movimento, (em outra que não seja sua direcção intrínseca) se torna um plano.
Como elemento visual,
possui comprimento e largura, tem posição e direcção, é limitado por linhas e define os limites extremos de um volume.
Volume:
Éa trajectória de um plano em
movimento se torna um volume. Tem posição no espaço e é limitado
por planos. Pode ser físico (algo
sólido como um bloco de pedra, um edifício,
uma pessoa, etc.), ou pode ser criado por meio de artifícios, como na
pintura, no desenho, na ilustração, e outros,
sobre uma superfície plana. Sua qualidade visual é a mesma, em ambos os
casos.
Cor:
É a mais eficiente dimensão de discriminação. É o elemento que tem mais
afinidade com as emoções. Nas artes
visuais, a cor não é apenas um elemento decorativo ou estético,éo fundamento da expressão.
A luz rodeia as coisas, reflecte-se nas superfícies
brilhantes, incide sobre objectos que já possuem uma claridade ou obscuridade
relativa. As variações de luz, ou seja, os tons, nos fazem distinguir o que
está à nossa volta. Vemos o escuro porque
está próximo ou se sobrepõe ao claro, e vice-versa. O tom é um dos melhores
instrumentos de que se dispõe para indicar e expressar a
tridimensionalidade dos objectos
Negativo/Positivo:
O negativo de uma imagem é o fundo ou seja
onde não se detecta uma figura, e o positivo é a parte da imagem onde se consegue visualizar a figura.
Composição:
Composição estática:
A disposição dos elementos visuais no campo organiza-se sempre segundo uma dada direção.
A composição é estática quando os elementos dominantes - com maior peso visual - se encontram organizados sobre eixos horizontais ou verticais.
Composição dinâmica:
A composição é dinâmica quando os principais elementos visuais - com maior peso visual - se encontram organizados segundo linhas oblíquas, nomeadamente referenciadas às diagonais do campo.
Movimento:
Contraste:
Verifica-se o
movimento numa imagem quando está presente no mínimo um dos seguintes aspectos:
rotação, translação, direcção, repetição/ alternância…
As cores
diferenciam-se umas das outras atraindo o nosso olhar pelo tipo de contrastes
que produzem.
Assim, por
exemplo, uma flor vermelha numa paisagem verde diferencia-se, ou seja, existe
contraste entre o vermelho da flor e o verde da paisagem.
Proporção:
É a maneira
como dividimos o espaço e distribuímos os elementos visuais.
Equilíbrio:
Equilíbrio simétrico:
É o que produz na imagem uma sensação de paz, calma e estabilidade
visual.
Equilíbrio assimétrico:
É bem
caracterizado pela distribuição de objectos com "pesos" visuais
diferentes, contrabalançando um e outro, produzindo informalidade e tensão na
composição. Não existe o equilíbrio que se possa dizer correcto, ambos
apresentam diferentes vantagens e propostas.
Ritmo:
Vem
do grego “Rhytmos” e designa aquilo que flui,
que se move, movimento regulado que está ligado a tempo e percepção, é
o modo de organizar as estruturas repetidas na composição.
Intensidade:
Diz respeito ao brilho da cor. Um matiz de intensidade alta
ou forte é vívido e saturado, enquanto o de intensidade baixa ou fraca
caracteriza cores fracas ou "pastel". O disco de cores mostra que o
amarelo tem intensidade alta enquanto a do violeta é baixa.
1. Introdução ao Alfabeto Visual
(carácter e conteúdo).
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